
sábado, 31 de janeiro de 2009
Vivente

Tanto trabalho para quê?
Homens trabalhadores! Que qualidade!
É mais fácil sê-lo, do que encarar a si próprio,
Dia após dia, trabalhando com afinco...
Não conheço maior alienação que esta,
Dar o sangue por coisas que nunca serão suas...
Mas, com certeza dirão:
"Olha que rapaz trabalhador!"
Pode haver maior vazio que este?
(...)
E agora me igualo a eles...
"Trabalhando com afinco"
Mas, ainda pensando?
Por quanto tempo resistirei?
Mas, continuaremos vivendo
Em meio a tantas conjecturas de nós mesmos
Palavras sem importância proferidas a todo momento!
Em meio a silêncios nunca ditos...
E ainda vivemos...
Certamente serão as pedras mais felizes...
Mas,em mim o sangue é fervente...
Que me importa a felicidade?
E que a paz tão desejada nunca venha!
Agora entendo, que ela nunca será por mim alcançada...
"E o mundo será dos pacíficos, dos mansos"
Mas! A mim não! Nada será dado!
E quem disse que vou pedir?
E que o mundo caia em mim com toda sua violência...
"Amém"
[...Onde estou agora, quem poderia se igualar?
Nuwanda, repentindo versos como em um rosário...
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