terça-feira, 20 de janeiro de 2009

Negra Noite


Nesta noite sem estrelas.
Sem luar sem devaneios,
Nesta negra noite...
Escrevo os versos mais escuros...


Versos secos sem magia,
Dedicados a mais ninguém...
Quero abarcá-los todos pra mim.
Na solidão egoísta que me tomo...


Grito mudo...
Desespero invisível...


Não quero ouvir nenhuma voz,
Nenhum som que não seja meu,
Eis as linhas mais sinceras...
Vertidas em jorro de meu próprio sangue...


Quem pode sangrar em meu lugar?
Ou dilacerar-me todos os nervos?
Segurar o cutelo com a firmeza que preciso?
Apenas...Eu posso fazê-lo.


Sentidos insanos,
Castração dos desejos,
Autismo provocado...
Numa fuga de todos e de ninguém...


Não vejo nem a mínima estrela essa noite,
Negra noite...(in) Solidão...
Silêncio a tanto buscado?
Escritos com o vazio no coração...


[Esse vulto, que reflete por trás do vazio...Eu?



Nuwanda... Isolando...

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