quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

Solidão


Rodeado por inúmeros tormentos.
Lembrei-me do conselho de um sábio.
"Respire...Não esqueça de respirar..."

(...)

Novamente sem dormir...
E tentando respirar.
Inspirando trago junto tanta dor...
Expirando não há nenhum alívio...
Talvez por isso suspire tanto.
Dor que nasce dentro do peito,
Que sobe por entre as paredes de minha garganta,
Se espalhando assim por minha cabeça.
Vertendo lágrimas em meu rosto,
E tento dormir...
Revirando nesta cama olhando fixo para o teto.
Arrebatado por pensamentos e versos...
Que logo somem quando me levanto.
Mas! A angústia que eles me evocam,
Esta, eles fazem questão de deixar.
E neste viver tão vazio recheado de madrugadas.
Como posso seguir o conselho do sábio?
Se respirar,
Este ofício pra viver,
Me trás tanta dor?

Poderia ter eu? A coragem de não mais fazê-lo?
Porque continuar com este martírio?
E se expande esse vazio...

(...)

Por Deus! Não consigo preenchê-lo...
Por mais que tente! Não consigo preenchê-lo!
Cada linha que absorvo...
Cada verso que escrevo...
Não consigo preenchê-lo!

Nesta tentativa vã de abarcar este vazio esta dor.
E aumenta cada vez mais este dilema...
Nesta equação impiedosa!
Talvez não caiba a nós o saber das coisas importantes?
Aumente o seu saber,
E verás aumentada [reciprocamente] suas tristezas...

(...)

E tento me enganar...
E tento me iludir que tudo um dia vai melhorar!
Mas! Como sou péssimo! Em escutar os outros...
Nunca me senti tão sozinho quanto hoje.

(...)

Existe alguém que pode me seguir?
Oh! Solidão nunca estivestes tão presente...



Nuwanda

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