
segunda-feira, 28 de dezembro de 2009
Languidez

domingo, 27 de dezembro de 2009
Vazios²


4o. Motivo da rosa
Não te aflijas com a pétala que voa:
também é ser, deixar de ser assim.
Rosas verá, só de cinzas franzida,
mortas, intactas pelo teu jardim.
Eu deixo aroma até nos meus espinhos
ao longe, o vento vai falando de mim.
E por perder-me é que vão me lembrando,
por desfolhar-me é que não tenho fim.
Cecília Meireles
terça-feira, 15 de dezembro de 2009
Píxel

"Numa partícula de poeira,
suspenso em um raio de sol,
dentro de um palco muito pequeno..."
Nuwanda,distante...
segunda-feira, 7 de dezembro de 2009
Grito!

Versos?

sexta-feira, 27 de novembro de 2009
Infante

sábado, 7 de novembro de 2009
Escuro
Finitude?

quinta-feira, 29 de outubro de 2009
Sem volta

Não!

domingo, 18 de outubro de 2009
Guerreiro?

sábado, 10 de outubro de 2009
Colo

quinta-feira, 8 de outubro de 2009
Carcaça

domingo, 27 de setembro de 2009
Virtuais

quinta-feira, 24 de setembro de 2009
Palimpsesto

segunda-feira, 21 de setembro de 2009
Distante...

sexta-feira, 18 de setembro de 2009
Raizes

terça-feira, 8 de setembro de 2009
Pedido...

Perguntas?

segunda-feira, 7 de setembro de 2009
Guerreiro!

domingo, 6 de setembro de 2009
Lamento

A m o - t e ...

sábado, 5 de setembro de 2009
Transpassado
sexta-feira, 4 de setembro de 2009
Invertido

quinta-feira, 3 de setembro de 2009
Delírio

quarta-feira, 2 de setembro de 2009
"Red"

segunda-feira, 31 de agosto de 2009
Estar

domingo, 30 de agosto de 2009
Gratidão

sábado, 22 de agosto de 2009
Mágoas de mim...

segunda-feira, 17 de agosto de 2009
Repetidamente

domingo, 9 de agosto de 2009
Novamente

sexta-feira, 7 de agosto de 2009
Versos loucos

Quero existir!
quinta-feira, 6 de agosto de 2009
Chuva

Quero o frio e a solidão por entre as gotas
Que a chuva se misture as minhas lágrimas...
Neste andar solitário em que ando...
Nesta solidão, neste vazio...
Entre a tristeza de meus pensamentos
Percebo o quanto estou sozinho neste caminhar,
Na agonia de não se saber o porquê de tanta dor....
Mas, ainda assim prossigo! Avante!
Tentando ainda me enganar em meio aos que se vão...
E nesta busca de sentido me agarro a cada ilusão...
[Como se verdade fosse...
Não é apenas frio que a chuva trás
Essas gotas carregam mais que apenas águas
Trazem-me sussuros e lembranças...
[Que apenas poucos podem ouvir...
Nuwanda...Ouve?
quinta-feira, 30 de julho de 2009
Sonho

sábado, 25 de julho de 2009
Ítaca

sábado, 18 de julho de 2009
(...)

quinta-feira, 16 de julho de 2009
Sussurros

sábado, 11 de julho de 2009
Inevitável

domingo, 5 de julho de 2009
Reinvenção

A vida só é possível
reinventada.
Anda o sol pelas campinas
e passeia a mão dourada
pelas águas, pelas folhas...
Ah! tudo bolhas
que vem de fundas piscinas
de ilusionismo... — mais nada.
Mas a vida, a vida, a vida,
a vida só é possível
reinventada.
Vem a lua, vem, retira
as algemas dos meus braços.
Projeto-me por espaços
cheios da tua Figura.
Tudo mentira! Mentira
da lua, na noite escura.
Não te encontro, não te alcanço...
Só — no tempo equilibrada,
desprendo-me do balanço
que além do tempo me leva.
Só — na treva,
fico: recebida e dada.
Porque a vida, a vida, a vida,
a vida só é possível
reinventada.
Cecília Meireles
Depois do sol...

Fez-se noite com tal mistério,
Tão sem rumor, tão devagar,
Que o crepúsculo é como um luar
Iluminando um cemitério . . .
Tudo imóvel . . . Serenidades . . .
Que tristeza, nos sonhos meus!
E quanto choro e quanto adeus
Neste mar de infelicidades!
Oh! Paisagens minhas de antanho . . .
Velhas, velhas . . . Nem vivem mais . . .
— As nuvens passam desiguais,
Com sonolência de rebanho . . .
Seres e coisas vão-se embora . . .
E, na auréola triste do luar,
Anda a lua, tão devagar,
Que parece Nossa Senhora
Pelos silêncios a sonhar . . .
Cecília Meireles
quinta-feira, 25 de junho de 2009
Incendiário

sábado, 20 de junho de 2009
Pesar...

sexta-feira, 12 de junho de 2009
paradoxo...

quarta-feira, 27 de maio de 2009
Indiferença

sexta-feira, 8 de maio de 2009
Paciente

domingo, 3 de maio de 2009
FOLHAS DE ROSA

Todas as prendas que me deste, um dia,
Guardei-as, meu encanto, quase a medo,
E quando a noite espreita o pôr-do-sol,
Eu vou falar com elas em segredo...
E falo-lhes d’amores e de ilusões,
Choro e rio com elas, mansamente...
Pouco a pouco o perfume do outrora
Flutua em volta delas, docemente...
Pelo copinho de cristal e prata
Bebo uma saudade estranha e vaga,
Uma saudade imensa e infinita
Que, triste, me deslumbra e m’embriaga
O espelho de prata cinzelada,
A doce oferta que eu amava tanto,
Que reflectia outrora tantos risos,
E agora reflecte apenas pranto,
E o colar de pedras preciosas,
De lágrimas e estrelas constelado,
Resumem em seus brilhos o que tenho
De vago e de feliz no meu passado...
Mas de todas as prendas, a mais rara,
Aquela que mais fala à fantasia,
São as folhas daquela rosa branca
Que a meus pés desfolhaste, aquele dia...
Florbela Espanca
quinta-feira, 23 de abril de 2009
Vastidão

segunda-feira, 20 de abril de 2009
A UM MORIBUNDO

Não tenhas medo, não! Tranqüilamente,
Como adormece a noite pelo Outono,
Fecha os teus olhos, simples, docemente,
Como, à tarde, uma pomba que tem sono ...
A cabeça reclina levemente
E os braços deixa-os ir ao abandono,
Como tombam, arfando, ao sol poente,
As asas de uma pomba que tem sono...
O que há depois? Depois?... O azul dos céus?
Um outro mundo? O eterno nada? Deus?
Um abismo? Um castigo? Uma guarida?
Que importa? Que te importa, ó moribundo?
— Seja o que for, será melhor que o mundo!
Tudo será melhor do que esta vida! ...
Florbela Espanca
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