quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Carcaça


Carcaça! Porque andas a seguir-me?
Rosto negro sujo pela poeira vil...
Quem és tu? Andando arrastado à sujeira?
Com o morto-vivo de estimação...


Olho as ilusões do viver,
Na esperança da momentânea felicidade...
Mas sempre estais à espreita!
Óh! carcaça que me assustas na serenidade...


Mirando-me com olhar pesado!
Será mágoa de algo que fiz?
Lágrimas sujas em teu rosto senil...


Porque me acusas em meio à multidão?
Espectro maldito que apenas eu posso ver...
Sendo tu! Carcaça! Tudo que quero esquecer...


[Neste viver de fantasias medíocres...


Nuwanda.

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