quarta-feira, 10 de setembro de 2008

Olhar você


As vezes saio de mim...
Pairando na marginalidade do existir
Quando faço isso, tudo é um risco
Pois, posso ver a vida de um jeito diferente
Um jeito perigoso desprovido de qualquer ilusão



As vezes saio de mim...
Observando tudo a minha volta
Será que também observo a mim mesmo?
Tudo lento e silencioso
Posso perceber cada olhar



As vezes saio de mim...
Qual o sentido de viver?
Olho você, seu olhar perdido no tempo...
E sinto todas suas angústias e esperanças
E posso ver além do que você vê...

E quando saio de mim!
Tudo acontece ao mesmo tempo!
Nada mais é racional
E em meio a devaneios enlouquecidos...
Paro em seu olhar!
E me perdendo nele, sou intimado a regressar



E percebo que te olhar é encarar um espelho...
[ por isso fujo tanto de você...




Nuwanda




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