sexta-feira, 11 de outubro de 2013

Vislumbre


Para que serve-me estas mãos?
Senão para tocar-te!
Para que serve-me esta boca?
Senão para beijar-te!

E estes dedos que seguram a pena?
Que outra utilidade teria?
Senão compor-te a mais bela das sinfonias!
E perdem o tempo os tolos...

Invertendo a criação de nossas vidas
De faces imersas na melancolia
Contando moedas à beira do abismo

Salve meus olhos então!
Que te veem todos os dias!
Benditos em contemplar toda tua harmonia...


Nuwanda...

Idiossincrasia



Devora-me! arranca-me todos os pedaços!
Nesta ignorância que se espalha sinto o cansaço
E sigo pelas estradas desgastadas desta vida
Perdendo minha juventude a cada mordida...

Areia que cai no descompasso de minha agonia
E desperto deste sono em plena arritmia
Sufocado pelo esplendor desta aurora
Onde fenecem as mais lindas flores de outrora...

E sinto brotar de onde nada se via!
O calor de minha alma a alegria
Vislumbrando na derradeira hora...

Que estamos todos presos à teu laço
Mentindo no desconforto deste abraço
Oh tempo! Que para ninguém há saída...


Nuwanda