quarta-feira, 17 de março de 2010

Eu não sou de ninguém...


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Eu não sou de ninguém!... Quem me quiser
Há de ser luz do sol em tardes quentes;
Nos olhos de água clara há de trazer
As fúlgidas pupilas dos videntes!


Há de ser seiva no botão repleto,
Voz no murmúrio do pequeno inseto,
Vento que enfuna as velas sobre os mastros!...


Há de ser Outro e Outro num momento!
Força viva, brutal, em momento,
Astro arrastando catadupas de astros!


Florbela espanca

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