segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Estar


Quem há de pular?
Lançar-se no mais escuro,
Dos buracos negros...
E no fim espatifar-se de cara ao chão!

Refazer-se, levantar-se?
Rastejar e subir novamente?
Para lançar-se! Cair repetidamente?
Aqui em baixo na pressa em subir,
Ou no desespero da perda...
Quantas coisas deixamos de ver...
.
Deixo os meus pedaços atirados ao chão!
E sento-me a contemplar essa dor...
E percebo como cresço com ela irrefutavelmente,
Mesmo que despedaçado me ergo na lama...

Fria, estéril e vazia...
Onde poucos ousam permanecer...
É onde quero estar,
Até que crie asas de verdade...

.
Nuwanda...

domingo, 30 de agosto de 2009

Gratidão


Hoje me vi em tua companhia
E pude absorver tua força!
Óh! Gigante que teu nome seja meu brado!
Nesses momentos me sinto completo!
E na minha agonia, meus medos enfim,
São todos dispersos perante teu olhar em mim...
E vejo que mesmo você, assim tão grande!
Pode confiar em alguém como eu...Pequeno...

(...)


E mesmo essas lágrimas que me caem agora,
Não são as que em minha tristeza insistem em não cair
E banhando com elas! Já não me sinto seco e vazio...
É um emocionar-se encantante! Altivo! E despreocupado!
E tendo a honra infinita! Mesmo não sendo merecedor de ti...
Só me resta chorar...Como choro agora...
Mas, hoje de alegria... Como há tanto não o faço...

Obrigado meu filho.

Nuwanda...

sábado, 22 de agosto de 2009

Mágoas de mim...


Hoje me ponho a escrever
Colocar no papel algo que sinto
Perceber como são tristes estes versos
Secos, amargos e doloridos enfim...


Palavras apressadas em sair
Como as lágrimas que a tanto não choro
Gotas de sangue das feridas em mim
Vertidas com uma dor que sufoca...


Lamúrios e agonias repetidas
Que a tanto senti-las entedia tanta gente...
Mas que a mim pouco importa afinal...


Quem pode compreender o insondável?
Quem pode ir alem de nós mesmos?
Nas coisas que estão dentro de nós?



Nuwanda...Sozinho.

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Repetidamente


Falta-me tantas coisas
Tantos gestos tantos momentos...
Falta-me passos a seguir neste ir
Neste caminhar solitário que me encontro...


Fechei-me! Hermético e imbecil!
É impressionante a altura destes muros
E como me falta o ar nesta prisão...
Respirando este odor bolorento!


O que adiantarão os gritos?
Ninguém pode ouvi-los...Ninguém...
Me sinto sufocar cada dia mais
Neste morrer lentamente, medíocremente!


As palavras se repetem neste lamento sem fim...
Não são versos eu também já sei
São murmúrios covardes e inúteis...
Então tira-me esta alcunha de poeta!


Madrugadas infindáveis!
Agonias intermináveis!
Gemidos insuportáveis!
Vazios insondáveis...


Agora entendo o porquê
De tanta falta de vontade
Agora percebo enfim a indiferença
São o findar de palavras e sentimentos...


[Repetidos...Exauridos....


Que me pedem um final
Uma atitude!
Um pragmatismo!
O que fazer confesso que ainda não sei...


Nuwanda...Covarde...

domingo, 9 de agosto de 2009

Novamente


Viver tudo novamente você e eu...
As mesmas dores os mesmos ais?
Fortalezas dentro de nós eu e você...
E o medo de tudo acabar outra vez...

Minhas intenções são as mais egoístas!
Você já não me conhece?
Então porque me pede para parar?
Pois agora já é tarde demais!


Agora só as palavras me amparam,
Me ajudam neste cativar de ti...
Seduzir-te! Apaixonar-te! Encurralar-te novamente...


Percorrer teu precipício sem fim...
Vasculhar teus desejos de outrora?
E nos teus anseios e temores ver um espelho...

.
Nuwanda...

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

Versos loucos


Quem és tu? Quem me sondas sem que meus olhos vejam?
Quem és tu? Que perscruta meus sussurros?
Seria voz a forma de minha loucura?
Andando por entre sombras sem ser notada?
Vendo minha própria demência...
Vejo-te claramente por entre a névoa!
Em meus gemidos, escuto teus passos,
Talvez eu possa ver além dos meros olhos...
Não é a realidade uma limitação do mirar?
Não é a loucura um despropósito?
Fechar os olhos e não mais me importar...

(...)

Quero outro vocabulário!
Quero outra pele!
Outra cor!
Outro sexo... Outro tom!
Quero outros pensamentos!
Outros amores...
Quero outra vida!
Não mais ser perdido!
Ser sozinho...
Quero risos verdadeiros!
Quero chorar não mais de tristeza...
Quero não mais ser visão!
Quero existir!
Quero versos mais sinceros!
Quero conhecer este que escreve!
Quero outra sorte!
Quero a paixão! Quero o amor!
Quero tudo! E não quero nada!


(...)


Pois sei que me escuta agora neste momento ensandecido!
Nestas palavras de desespero e desdém...
Quem sabe não atende os meus pedidos?
Nos meus tantos paradoxos idos...
Ou achavas que na sombra não te verias?
Estando eu também imerso no escuro...


Nuwanda...Dissipando sombras...

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Chuva


Eu quero as águas desta chuva,
Quero o frio e a solidão por entre as gotas
Que a chuva se misture as minhas lágrimas...
Neste andar solitário em que ando...

Nesta solidão, neste vazio...
Entre a tristeza de meus pensamentos
Percebo o quanto estou sozinho neste caminhar,
Na agonia de não se saber o porquê de tanta dor....

Mas, ainda assim prossigo! Avante!
Tentando ainda me enganar em meio aos que se vão...
E nesta busca de sentido me agarro a cada ilusão...

[Como se verdade fosse...

Não é apenas frio que a chuva trás
Essas gotas carregam mais que apenas águas
Trazem-me sussuros e lembranças...

[Que apenas poucos podem ouvir...


Nuwanda...Ouve?